Salve vidas, ocupe o IASERJ!
No final da noite do último sábado, o Hospital Central do IASERJ sofreu um dos maiores ataques da sua história. O governo Sérgio Cabral Filho, através de seus asseclas, montou um esquema de terror, sequestrando diversos pacientes que estavam internados no CTI e os conduzindo de maneira desumana para serem internados em diversos hospitais da rede pública de maneira precária e sem conhecimento de suas famílias.
Aproveitando a correlação de forças desfavorável dos servidores, devido ao horário e por ser num final de semana, mais de cem policiais fortemente armados do Choque, BOPE e batalhão da área, bloquearam a rua Henrique Valadares e garantiram a entrada de aproximadamente 20 ambulâncias do SAMU utilizadas na remoção dos pacientes. Esta ação foi realizada para cumprimento de uma decisão da juíza Simone Lopes Costa, que cassou uma liminar que garantia o funcionamento do hospital. Mais uma vez temos uma mostra da insensibilidade dos poderes constituídos aos desassistidos e a complacência do Ministério Público Estadual, dizendo que não tinha nada mais a fazer, pois é uma decisão política muito bem costurada.
Além dos pacientes, macas, colchões e equipamentos eram retirados pelos próprios militares e colocados em caminhões para serem levados aos hospitais de destino. Isto demonstra que os tais hospitais não tem estrutura suficiente para abrigar esses pacientes, que certamente terão um tratamento piorado.
Esse hospital, construído com o dinheiro do servidor, reconhecido pela qualidade de sua residência e pelo atendimento de alta complexidade, entrou em rota de colisão com os acordos nebulosos entre os governos Federal e Estadual. O governo Estadual usa como desculpa para esse genocídio a construção de uma grande unidade do INCA e para isso precisa demolir o Hospital Central cedido à União. Isso é só desculpa e pano de fundo para que se toque uma obra que inicialmente dispõe de 500 milhões de reais. Depois de tantas evidências de promiscuidade entre diversas empreiteiras e os governos deste país, não é difícil entender o porquê da utilização desproporcional de um grande aparato de segurança para efetivar essa ação.
Servidor, a política de Estado mínimo e de destruição do serviço público gratuito e de qualidade está mais do que evidenciada pelo governador Sérgio Cabral Filho. Precisamos resistir e impedir mais esse ataque. Junte-se nessa luta! Procure o comando de resistência no Hospital Central que fará um grande trabalho de mobilização nesta segunda-feira (16/7).
Não à demolição do IASERJ!