Alunos da Faetec nas cotas sociais da UFRJ em 2011.

agosto 4, 2011 - Notícias

Alunos da Faetec nas cotas sociais da UFRJ em 2011.

Acesso 2011 na UFRJ: um quinto das vagas para rede pública
BRUNO FRANCO – JORNAL DA UFRJ

Após ter aprovado na semana passada a política de acesso diferenciado aos cursos de graduação, já para 2011, o Conselho Universitário (Consuni) [da UFRJ] aprovou nesta quinta-feira, 19 de agosto, a proposta da Reitoria de destinar uma em cada cinco vagas do próximo concurso de acesso para estudantes de colégios vinculados à secretaria estadual e às secretarias municipais de educação, além da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), vinculada à secretaria estadual de ciência e tecnologia.

As vagas para cotistas (20%) serão preenchidas de acordo com as notas aferidas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Além dessas, 40% das vagas também serão alocadas de acordo com o Enem, porém sem cota de qualquer espécie. Os 40% restantes serão destinados a um concurso de acesso próprio da UFRJ, discursivo como de costume.

O percentual de vagas destinadas às cotas foi objeto de intenso debate. Diversas propostas foram feitas, além da original preparada pela Reitoria. O professor Marcelo Paixão (representante dos professores adjuntos do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas), apoiado pelos conselheiros discentes, defendeu que o montante de cotas chegasse a 50% do total de vagas da universidade, e Agnaldo Fernandes, representante dos servidores técnico-administrativos, propôs 30%.

Ambos abriram mão das formulações, na hora da votação, em favor do professor Gabriel Pereira da Silva (representante dos Professores Adjuntos do Centro de Ciências da Matemática e da Natureza) que propôs 35%. Mas, por 20 votos contra 18, foi aprovada a proposta da Reitoria, destinando aos cotistas um quinto do total das vagas, com a proporcional e consequente assistência estudantil, que possibilite a permanência dos estudantes na universidade. As cotas não se estendem a escolas que tradicionalmente apresentam ótimo desempenho nos concursos de acesso e, portanto, não necessitariam do benefício, como o Colégio de aplicação (tanto da UFRJ como da Uerj), o Colégio Militar e o Colégio Pedro II.

A política aprovada é provisória, válida apenas para o concurso de 2011, e o debate acerca da melhor política de acesso e do uso de ações afirmativas não se esgotou e prosseguirá sendo realizado na universidade. O reitor Aloisio Teixeira destacou que a UFRJ não pretende fazer uma revolução. “Não depende de nossas decisões acabar com o racismo ou com a desigualdade. Temos de ser responsáveis. Temos de saber como a universidade reagirá à medida.”

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