O ATO UNIFICADO dos SERVIDORES PÚBLICOS FAZ CAIR as GRADES da VERGONHA da ALERJ!!!
Hoje, 16 de novembro, o servidor público estadual e a população mostraram muita determinação para, sem armas ou equipamentos de proteção, enfrentar a força repressora do governo e, com muita garra e “sangue nos olhos”, fizeram cair as grades da vergonha e da imoralidade, que Jorge Picciani mandou instalar em volta dos dois prédios do poder legislativo estadual. Quiseram impedir o povo de adentrar a “Casa do Povo” durante as votações do Pacote de Maldades do Pezão; a reação de indignação e revolta dos servidores foi uma consequência óbvia dessa medida infeliz.
O dia começou tenso, com os manifestantes convocados pelo MUSPE e pelas lideranças sindicais e associativas da segurança pública cientes de que a ALERJ estava cercada, isolada, com um efetivo de centenas de policiais militares de vários batalhões e da Força Nacional, além do tradicional contingente do Batalhão de Choque. Às 10 horas da manhã, os manifestantes já enchiam as calçadas dos dois lados da Av. 1º de Março, e às 11 horas, fechavam por completo a rua, obrigando o trânsito a desviar.
Diversos cartazes e faixas de indignação, protesto e revolta foram pendurados na “grade da vergonha”, como ficou conhecida a cerca da ALERJ…
Vários manifestantes, inconformados por serem impedidos de ter acesso à galeria do plenário da Assembléia Legislativa, sacudiram as grades da frente do Palácio Tiradentes diversas vezes, até que as grades cederam, uma a uma, e os servidores puderam subir as
escadarias da ALERJ.
A partir daí, o Choque foi acionado e, como aconteceu no Ato do MUSPE do dia 09 de novembro, a tropa fez uso desproporcional e imprudente de seu arsenal de armas não-letais: uma profusão de bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, spray de pimenta, cassetetes, bombas de efeito moral, juntamente com uma viatura “caveirão”, a polícia montada (e cães no interior do Palácio) etc. Vinte manifestantes deram entrada no hospital, por conta da truculência policial, inclusive um sargento bombeiro ficou cego de uma vista, que foi atingida por uma bala de borracha.
Uma manifestação pacífica deu lugar a uma verdadeira batalha, na qual servidores desarmados lutaram para defender sua dignidade, sua carreira, e a população fluminense, contra policiais treinados, fortemente armados e equipados, pois a aprovação do Pacote de Maldades prejudicará as vidas não somente dos funcionários públicos, mas também dos cidadãos mais pobres, com o fim de programas sociais, e a população em geral, com a restrição do bilhete único e aumento de impostos.
Um grupo de representantes sindicais dos servidores entrou na ALERJ para negociar a retirada do Pacote de Maldades de votação. Às 15 horas, aproximadamente, o grupo de negociação saiu da ALERJ, trazendo o informe oficial de que o Pacote
não será votado este mês, e que as representações sindicais serão recebidas na próxima terça-feira, levando, para apreciação dos deputados, as reivindicações das categorias, acompanhadas de proposta de uma alternativa de medidas para tirar o estado da crise financeira, sem o sacrifício dos servidores públicos e da população fluminense.
Apesar das tristes cenas de violência e abuso de poder, ocorreram atos corajosos, como o de dois policiais do Choque, que abandonaram suas posições na tropa, e se juntaram aos manifestantes. Depois disso, eles foram presos, mas a Defensoria Pública já foi acionada para assisti-los.
Com a retirada da grade, o adiamento da votação do Pacote de Maldades para dezembro, e a reunião dos deputados com as lideranças sindicais marcada para o dia 22 de novembro, a “Batalha da ALERJ” culminou em uma vitória muito importante para os servidores públicos estaduais unificados na luta pela sua dignidade, e para o povo do nosso Estado.
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!!!
NENHUM DIREITO A MENOS!!!
O SERVIDOR E A POPULAÇÃO NÃO PAGARÃO PELA CRISE!!!