AUDIÊNCIA PÚBLICA – FAETERJs
O SINDPEFAETEC participou, no dia 24 de fevereiro, de Audiência Pública da Comissão de Educação da ALERJ sobre o ensino superior da rede FAETEC. Na ocasião, houve um protesto dos alunos do ensino superior da rede na escadaria do Palácio Tiradentes. Na Audiência, o Sindicato criticou o decreto do governo estadual nº 45.559, que unificou a gestão do CVT com a FAETERJ de Três Rios, exonerando o diretor recém-eleito (por consulta pública à comunidade acadêmica) dessa Faculdade. Os decretos nº 45.560, 45.561 e 45.562 também fazem “otimizações” em outros campi da rede que possuíam uma FAETERJ. Além disso, a administração da FAETEC acrescentou mais um nome à já confusa lista de instituições da Fundação: a partir de agora, temos algumas FAETERJs, o ISERJ, o ISEPAM, e algumas Unidades FAETEC de Ensino Superior (nova denominação para as ex-FAETERJs de Niterói, Três Rios, Volta Redonda, Santo Antônio de Pádua e Campos). Criticamos o presidente pela postura autoritária de aplicar tais mudanças que desrespeitam o Plano Estadual de Educação, sem consultar previamente as comunidades afetadas, e por privilegiar gestores oriundos de CVT e CETEP (escolhidos por indicação política) para serem gestores dos campi “otimizados” pelos decretos, ignorando a importância da autonomia das FAETERJs. O descaso de Wagner Victer com o ensino superior da FAETEC também se reflete, na opinião do Sindicato, na arbitrariedade com que ele cancelou novas matrículas para o turno da manhã da FAETERJ Paracambi, sem ao menos consultar previamente o Conselho Estadual de Educação (procedimento obrigatório para diminuir ou cancelar vagas no ensino superior do estado). Alguns deputados da Comissão fizeram críticas análogas às do SINDPEFAETEC, e três parlamentares presentes chamaram Wagner Victer de “marrento”, por impor tais mudanças a seu bel prazer, sem ouvir ninguém. Não bastasse tudo isso, a penúria com que o ensino superior convive há anos, por não ser tratado com a devida importância estratégica a que faz jus, ficou ainda mais acentuada com a suspensão do auxílio-cotista (que Victer reduziu de R$340,00 para R$110,00 em 2015) previsto por lei, desde setembro do ano passado, inviabilizando o prosseguimento dos estudos para muitos alunos do ensino superior da rede.